sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Conflitos raciais nos EUA

Autores: Leilane Stefany, Brenda Stefane, Jacqueline Santos, Rebeca França, Grasiele Macedo.

Resumo: Esse texto aborda as causas da segregação ocorrente nos EUA e quem por ela foi afetada, assim como o desenrolar e os mecanismos de tal processo e suas consequências dentro da sociedade norte americanas. Trazendo as diferenças e semelhanças entre o racismo vigente nas duas nações, Brasil e EUA.
Palavras Chave: Discriminação, Luta, Secessão, Abolição.

Processo racista nos EUA
A partir da independência dos EUA, houve a necessidade de organizar a nação em todos seus âmbitos, com isso, tudo que beneficiasse o crescimento econômico era aproveitado, utilizando de todos os artifícios. Dentro disso, cada estado tinha seu poder de escolha de como seria regido esse processo, de acordo com essas escolhas a nação foi dividida em dois: Norte e sul, o norte sendo industrial, e o sul sendo agroexportador. Nesse contexto, houve a Guerra Civil, que foi nada mais, nada menos, que uma divergência de pensamentos e interesses econômicos. Mas com o fim da guerra, e a abolição da escravidão, quando se pensava que os negros começariam a ter direitos, grupos racistas começaram a impedir a integração dos negros e dos seus direitos civis, esses grupos eram numerosos, como: Kun Klux Klan, e o conjunto de leis chamado “Jim Crow”. Contra partida existiam órgãos defensores como: NAACP.
A abolição da escravidão nos EUA teve um valor muito mais econômico que social, uma vez que o próprio presidente Lincoln tinha uma opinião moderada sobre o assunto, a ele caberia a cada estado decidir se permaneceria ou não com a escravidão. Com isso, cada estado começou a desenvolver suas ideologias, e assim colocando-as em pratica, enquanto o Norte desejava liberdade e consumo, o Sul deseja escravidão e submissão. Contudo, os dois desejavam a mesma coisa o seu bem próprio, só que cada um pensava que sua forma de pensar que era correta. Isso acarretou várias discussões e gerou a Guerra civil (1861-1865) que resultou em 600 mil mortes. Com o fim da Guerra, a escravidão foi abolida, diferente de outros lugares, a abolição nos EUA, não foi por uma pressão imperialista, mas sim por conflitos dentro do próprio país, pois, não dá pra ter dois reis em um mesmo lugar, e essa separação não beneficiava em nada o país, só o deixava incapaz de desenvolver.
Mesmo com o fim da escravidão o negro não teve acesso aos seus direitos, os estados sulistas contribuíram ferrenhamente com a exclusão do negro na sociedade americana criando grupos racistas radicais como o Kun Klux Klan: um grupo de racistas, que se achavam defensores dos seus direitos, se vestiam com roupas brancas, capuzes e usam cavalos como transporte a fim de perseguir os negros, ou até mesmo brancos que tentasse defende-los. 


Os negros foram espancados e linchados se tentassem melhorar suas condições ou resistir à violência, desde então foi disseminada uma cultura de linchamento descrita na canção da cantora Billie Holiday- Strange Fruit. Eles denominavam os negros como “preguiçosos e inconstantes e por natureza, destinado à escravidão”, e violentavam professores que se dispunham a ensinar os negros, pois, tinha medo que com o conhecimento dado, ficasse cada vez mais difícil à volta da escravidão. Foi expandida em outros estados, e com o tempo foi desfeita.
No fim do século XIX medidas foram criadas com o intuito de impedir a integração e execução dos direitos civis aos negros. Como por exemplo, as leis Jim Crow foram criadas, leis maldosas e excludentes, separando de forma visível o negro do branco em áreas públicas, como por exemplo; ônibus, escolas, bebedouros onde denominavam qual era o de brancos e qual era o apropriado a pessoas de cor, assim foi em todo o país, até casamentos entre negros e brancos ou com descendentes era proibidos em diversas partes do estado, para assim evitar a miscigenação. Na Carolina do Norte, os livros só poderiam ser pegos por um ou pelo outro, se o branco fosse o primeiro a pegar, só os brancos teriam acesso à coletânea.

A segregação nos EUA estava protegida pela escolha da Suprema Corte que declarava que em hospitais, banheiros e outras coisas “separadas” para brancos e negros. Mas com o caso Brown contra o conselho de Educação a Suprema Corte desampara os racistas do sul, assim afirmando que a segregação nas escolas é inconstitucional.
O primeiro caso que ajudou na vitória foi o da menina negra Linda Brow, cuja família desejava matricula-la em uma escola de brancos, mas foi negada. Essa vitória aconteceu em 1952, quando a NAACP solicitou que a Corte revisasse os primeiros cinco casos.
“Sensibilizado pelos argumentos do advogado da NAACP, Thurgood Marshall, o então presidente do tribunal, Earl Warren, escreveu em seu veredicto que "instalações educacionais separadas são inerentemente desiguais". Em seguida, determinou-se que a "desagregação" deveria ser implementada já em 1955. A decisão era um marco, mas não seria imediatamente acatada por todos. "É um mero pedaço de papel", declarou o governador da Geórgia, Herman Talmadge.”. Essa decisão impactou a vida de 11 milhões de estudantes sulistas dos quais 2,5 milhões era negro, porém, essa lei demoraria muito para ser efetivada.
A NAACP foi à primeira organização antirracista, que foi fundada em 1909 para lutar pelos direitos civis, tanto por negros quanto por brancos. Lutava pelas questões legais e inserir os negros ao mercado de trabalho, e muitas das leis começaram a ser questionadas. E assim muitos negros se sentiram no direito de lutar pela sua dignidade de pessoa diante da sociedade.
Isso acarretou várias lutas, até os dias de hoje, engana-se quem pensa que a discriminação racial acabou muitas foram às pessoas que deram suor e sangue nesta luta, como: Martin Luther King Jr: "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele.”; Malcolm X “Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos.”

“O culpado ninguém descobriu, pois foram atrás de um negro de fuzil, porque o branco não se encaixava no perfil”. Percebe-se que a discriminação é algo muito antigo, e que não evoluiu tanto quanto o tempo, juga-se uma pessoa pela sua cor, e rótulos posto pela sociedade no próprio. A partir de então surgiu uma cultura de estigmatização negra na qual se associa o negro a imagem de “perigoso”, assim quando se entra em um ônibus e é visto um negro ao entrar pensa-se automaticamente que algum risco ele pode trazer.  

Portanto, fazendo uma pequena comparação da historia racial dos EUA com o Brasil, é perceptível que o Brasil primeiramente aboliu a escravidão por uma pressão imperialista, e já se negava a diferença racial desde então, e até hoje é uma sociedade que “esconde” sua verdadeira face, pois, mesmo sendo negado o Brasil tem um alto índice de preconceito, mas, ensina-se que isso não existe, e os “tolos” concordam. Já nos EUA a discriminação é muito clara, eles batem de frente o tempo todo, assumindo que o negro é uma raça diferente da deles, assim muitas vezes não aceitando que um negro tenha uma condição financeira elevada, assim procurando vários argumentos para afirmar que eles não são capazes de ter uma vida melhor. Mas, o pior preconceito é aquele que vem dos próprios negros, que se vitimaram, não aceitando sua cor, sendo alienado a negar-se, mal sabe que ali estava dando apoio à discriminação. Tudo é questão de consciência, ensinam e impõem que a um único dia de consciência negra, como se esse dia fosse capaz de suprir toda uma divida que a sociedade tem com os negros.


Referências:





















Vídeo

 https://www.youtube.com/watch?v=bggKB-SgRN0&feature=youtu.be

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