Conflitos raciais nos EUA
Autores:
Leilane
Stefany, Brenda Stefane, Jacqueline Santos, Rebeca França, Grasiele Macedo.
Resumo:
Esse
texto aborda as causas da segregação ocorrente nos EUA e quem por ela foi
afetada, assim como o desenrolar e os mecanismos de tal processo e suas
consequências dentro da sociedade norte americanas. Trazendo as diferenças e
semelhanças entre o racismo vigente nas duas nações, Brasil e EUA.
Palavras
Chave: Discriminação, Luta, Secessão, Abolição.
Processo
racista nos EUA
A
partir da independência dos EUA, houve a necessidade de organizar a nação em
todos seus âmbitos, com isso, tudo que beneficiasse o crescimento econômico era
aproveitado, utilizando de todos os artifícios. Dentro disso, cada estado tinha
seu poder de escolha de como seria regido esse processo, de acordo com essas
escolhas a nação foi dividida em dois: Norte e sul, o norte sendo industrial, e
o sul sendo agroexportador. Nesse contexto, houve a Guerra Civil, que foi nada
mais, nada menos, que uma divergência de pensamentos e interesses econômicos.
Mas com o fim da guerra, e a abolição da escravidão, quando se pensava que os
negros começariam a ter direitos, grupos racistas começaram a impedir a
integração dos negros e dos seus direitos civis, esses grupos eram numerosos,
como: Kun Klux Klan, e o conjunto de leis chamado “Jim Crow”. Contra partida
existiam órgãos defensores como: NAACP.
A
abolição da escravidão nos EUA teve um valor muito mais econômico que social,
uma vez que o próprio presidente Lincoln tinha uma opinião moderada sobre o
assunto, a ele caberia a cada estado decidir se permaneceria ou não com a
escravidão. Com isso, cada estado começou a desenvolver suas ideologias, e
assim colocando-as em pratica, enquanto o Norte desejava liberdade e consumo, o
Sul deseja escravidão e submissão. Contudo, os dois desejavam a mesma coisa o
seu bem próprio, só que cada um pensava que sua forma de pensar que era
correta. Isso acarretou várias discussões e gerou a Guerra civil (1861-1865)
que resultou em 600 mil mortes. Com o fim da Guerra, a escravidão foi abolida,
diferente de outros lugares, a abolição nos EUA, não foi por uma pressão
imperialista, mas sim por conflitos dentro do próprio país, pois, não dá pra ter
dois reis em um mesmo lugar, e essa separação não beneficiava em nada o país,
só o deixava incapaz de desenvolver.
Mesmo
com o fim da escravidão o negro não teve acesso aos seus direitos, os estados
sulistas contribuíram ferrenhamente com a exclusão do negro na sociedade
americana criando grupos racistas radicais como o Kun Klux Klan: um grupo de
racistas, que se achavam defensores dos seus direitos, se vestiam com roupas
brancas, capuzes e usam cavalos como transporte a fim de perseguir os negros,
ou até mesmo brancos que tentasse defende-los.
Os negros foram espancados e linchados se tentassem melhorar suas condições ou resistir à violência, desde então foi disseminada uma cultura de linchamento descrita na canção da cantora Billie Holiday- Strange Fruit. Eles denominavam os negros como “preguiçosos e inconstantes e por natureza, destinado à escravidão”, e violentavam professores que se dispunham a ensinar os negros, pois, tinha medo que com o conhecimento dado, ficasse cada vez mais difícil à volta da escravidão. Foi expandida em outros estados, e com o tempo foi desfeita.
Os negros foram espancados e linchados se tentassem melhorar suas condições ou resistir à violência, desde então foi disseminada uma cultura de linchamento descrita na canção da cantora Billie Holiday- Strange Fruit. Eles denominavam os negros como “preguiçosos e inconstantes e por natureza, destinado à escravidão”, e violentavam professores que se dispunham a ensinar os negros, pois, tinha medo que com o conhecimento dado, ficasse cada vez mais difícil à volta da escravidão. Foi expandida em outros estados, e com o tempo foi desfeita.
No
fim do século XIX medidas foram criadas com o intuito de impedir a integração e
execução dos direitos civis aos negros. Como por exemplo, as leis Jim Crow
foram criadas, leis maldosas e excludentes, separando de forma visível o negro
do branco em áreas públicas, como por exemplo; ônibus, escolas, bebedouros onde
denominavam qual era o de brancos e qual era o apropriado a pessoas de cor,
assim foi em todo o país, até casamentos entre negros e brancos ou com
descendentes era proibidos em diversas partes do estado, para assim evitar a
miscigenação. Na Carolina do Norte, os livros só poderiam ser pegos por um ou
pelo outro, se o branco fosse o primeiro a pegar, só os brancos teriam acesso à
coletânea.
A segregação nos EUA estava protegida pela escolha da Suprema Corte que declarava que em hospitais, banheiros e outras coisas “separadas” para brancos e negros. Mas com o caso Brown contra o conselho de Educação a Suprema Corte desampara os racistas do sul, assim afirmando que a segregação nas escolas é inconstitucional.
A segregação nos EUA estava protegida pela escolha da Suprema Corte que declarava que em hospitais, banheiros e outras coisas “separadas” para brancos e negros. Mas com o caso Brown contra o conselho de Educação a Suprema Corte desampara os racistas do sul, assim afirmando que a segregação nas escolas é inconstitucional.
O
primeiro caso que ajudou na vitória foi o da menina negra Linda Brow, cuja família
desejava matricula-la em uma escola de brancos, mas foi negada. Essa vitória aconteceu
em 1952, quando a NAACP solicitou que a Corte revisasse os primeiros cinco
casos.
“Sensibilizado pelos argumentos do
advogado da NAACP, Thurgood Marshall, o então presidente do tribunal, Earl
Warren, escreveu em seu veredicto que "instalações educacionais separadas
são inerentemente desiguais". Em seguida, determinou-se que a "desagregação"
deveria ser implementada já em 1955. A decisão era um marco, mas não seria
imediatamente acatada por todos. "É um mero pedaço de papel",
declarou o governador da Geórgia, Herman Talmadge.”. Essa decisão impactou a
vida de 11 milhões de estudantes sulistas dos quais 2,5 milhões era negro, porém,
essa lei demoraria muito para ser efetivada.
A
NAACP foi à primeira organização antirracista, que foi fundada em 1909 para
lutar pelos direitos civis, tanto por negros quanto por brancos. Lutava pelas
questões legais e inserir os negros ao mercado de trabalho, e muitas das leis começaram
a ser questionadas. E assim muitos negros se sentiram no direito de lutar pela
sua dignidade de pessoa diante da sociedade.
Isso
acarretou várias lutas, até os dias de hoje, engana-se quem pensa que a
discriminação racial acabou muitas foram às pessoas que deram suor e sangue
nesta luta, como: Martin Luther King Jr: "Eu tenho um sonho. O sonho de
ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele.”; Malcolm X “Não
lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como
seres humanos.”
“O
culpado ninguém descobriu, pois foram atrás de um negro de fuzil, porque o
branco não se encaixava no perfil”. Percebe-se que a
discriminação é algo muito antigo, e que não evoluiu tanto quanto o tempo,
juga-se uma pessoa pela sua cor, e rótulos posto pela sociedade no próprio. A
partir de então surgiu uma cultura de estigmatização negra na qual se associa o
negro a imagem de “perigoso”, assim quando se entra em um ônibus e é visto um
negro ao entrar pensa-se automaticamente que algum risco ele pode trazer.
Portanto, fazendo uma pequena comparação
da historia racial dos EUA com o Brasil, é perceptível que o Brasil
primeiramente aboliu a escravidão por uma pressão imperialista, e já se negava
a diferença racial desde então, e até hoje é uma sociedade que “esconde” sua
verdadeira face, pois, mesmo sendo negado o Brasil tem um alto índice de
preconceito, mas, ensina-se que isso não existe, e os “tolos” concordam. Já nos
EUA a discriminação é muito clara, eles batem de frente o tempo todo, assumindo
que o negro é uma raça diferente da deles, assim muitas vezes não aceitando que
um negro tenha uma condição financeira elevada, assim procurando vários argumentos
para afirmar que eles não são capazes de ter uma vida melhor. Mas, o pior
preconceito é aquele que vem dos próprios negros, que se vitimaram, não
aceitando sua cor, sendo alienado a negar-se, mal sabe que ali estava dando
apoio à discriminação. Tudo é questão de consciência, ensinam e impõem que a um
único dia de consciência negra, como se esse dia fosse capaz de suprir toda uma
divida que a sociedade tem com os negros.
Referências:
Vídeo
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